Privacidade no ensino público?

A Ana Caroline Campagnolo foi um pouco inábil ao lançar o seu apelo, mas em substância ela tem razão. Esses malditos professores comunistas estão exigindo um absurdo e obsceno DIREITO AO SIGILO EM SALA DE AULA. Filmar, gravar, mostrar ao mundo o que eles dizem, ah, isso não, isso nunca! Que caralho esses pústulas estão escondendo? Devemos subsidiar com os nossos impostos sabe-se lá quais segredinhos entre homens adultos e sua platéia cativa infanto-juvenil?
Os que se voltam contra a Caroline, fazendo-se de vítimas e coitadinhos, só provam com isso sua MENTALIDADE CRIMINOSA. Entregar crianças e adolescentes à autoridade desses tipos é um risco maior do que deixar que se eduquem a si mesmas nas ruas.

Existe algo mais imoral, perverso e abjeto do que um adulto exigir o direito de ficar em segredo com uma criança numa sala, longe dos olhos dos pais? Para quê haveria uma pessoa normal de querer uma coisa dessas? A resposta que TODO O PAÍS deve dar a esses vagabundos é NÃO, NUNCA!

QUEM treinou as crianças brasileiras para tirar sempre os últimos lugares nos testes internacionais? Professores não são santos abnegados. Muito menos têm o direito de se esconder dos olhos do público que lhes paga o salário.

Gritar contra a “censura”, no caso dos professores, é de uma hipocrisia mais que criminosa: diabólica. Censurar, por definição, é esconder, é privar o público de ter acesso a informações. Quem está fazendo isso SÃO OS PROFESSORES QUE PROIBEM SEUS ALUNOS DE FILMAR OU GRAVAR AS AULAS. Eles são os censores. Eles e só eles.

Provincianismo mental

Pouquíssimos intelectuais, e com certeza políticos nenhuns, chegaram a ter nos olhos e no coração uma visão do Brasil inteiro, do povo inteiro, do povo real das ruas, das fábricas, dos campos, do passado e do presente — uma visão que viagens, estatísticas e pedantismos socio-economicistas jamais darão a ninguém, e que só pode ser obtida pela longa e intensa participação amorosa no imaginário nacional através, sobretudo, da sua literatura e da sua arte.
O que vigora em geral nas classes falantes é o provincianismo intelectual, o apego atávico às opiniões e desejos de um grupo, de uma região, de uma classe, às vezes até mesmo — porra! — de uma família.

A direita canalha

Nenhum esquerdista fez tanta canalhice contra mim como os direitistas — especialmente católicos e protestantes — que permaneceram quietinhos com o rabo entre as pernas durante os quarenta anos de dominação comunista e, quando viram o muro da hegemonia balançar, abalado por mim e exclusivamente por mim, farejaram aí uma oportunidade de subir na vida parasitando o Olavo e atribuindo a si mesmos, retroativamente, idéias e méritos dele.
Estou nesse front desde 1989 pelo menos, e tudo o que esses bostas fizerem na vida — supondo-se que o façam — nunca passará de adesão retroativa a uma causa vencedora.
Sem contar o fato de que macaqueiam apenas a minha produção jornalística e facebookiana, a parte mais superficial da minha obra, sem nem aproximar-se dos alicerces filosóficos e pedagógicos que a embasam (440 aulas do COF, doze cursos avulsos e vários livros) e sem os quais eu não passaria de um Arruinaldo Azevedo ou Marco Antonio Vil com senso de humor.

Clones do Olavo – II

Na sua pressa obscena de opinar sobre as questões do dia, chupins e macaqueadores em geral nem percebem que, se consegui exercer algum influxo benéfico sobre o curso das coisas públicas, foi com base no amplo trabalho que, desde várias décadas antes disso, desenvolvi no campo da filosofia, das ciências humanas, da literatura e da educação. Querem copiar o efeito sem nem conhecer a causa. Copiam a casca sem saber o que vem dentro. Seus esforços são uma árvore só de folhas, sem tronco nem raízes, que o primeiro vento desfaz.  

Clones do Olavo

Quando se escrever, um dia, a história incultural do Brasil das últimas décadas, um grosso capítulo terá de ser concedido ao anti-olavismo e, dentro dele, ao fenômeno singular dos Clones do Olavo. Com base na correta premissa nietzscheana de que só se derrota aquilo que se substitui, a confraria dos invejosos e despeitados vasculhou os últimos confins da merda em busca de algum imitão persuasivo que pudesse atrair para si uma parte do meu público e colocá-lo a serviço de agendas e ambições as mais diversas, com as mais variadas origens sociais e tonalidades ideológicas, unidas tão-somente pela ânsia do brilho fácil, alívio postiço de um justo e apropriado complexo de inferioridade.
A lista dos candidatos que se prestaram a esse papel infame é grande, mas jamais poderão ser esquecidos, nela, os nomes imortais de Rodrigo Cocô, Joel Dinheiro Bunda-Seca, Lourinel Brocha, Luciano Aymeuânus, Julio Soumzero, Caraio Rossi, Marco Antonio Vil, a Véia dos Gatos e os irmãos Vea…, ops!, Velascos.

Conselho urgente

Na minha modesta opinião, os amigos e apoiadores do presidente Bolsonaro NÃO DEVEM, por enquanto, oferecer reação nenhuma aos agitadores, incendiários e agentes provocadores comunopetistas. Deixem que estes se mostrem à nação com toda a feiura da sua mentalidade criminosa, com toda a sua sede de sangue despida da camuflagem das belas palavras. A reação deve partir DO GOVERNO FEDERAL APÓS A POSSE DO NOVO PRESIDENTE, cuja severidade na aplicação das leis e na manutenção da ordem terá então plena aprovação popular.

Imaturidade

Se você está tão persuadido da justiça da sua causa que não lhe ocorre nenhum argumento razoável e sensato que se possa alegar contra ela, isso prova que você não está preparado para defendê-la.

Pedido

Quando você está na defesa de uma causa justa, popular e praticamente ganha, faça-me um favor: não a arruine com um vocabulário errado que a faça parecer o inverso do que é.

Democracia

Em política, não há nada mais pueril do que querer a todo instante posar como a encarnação viva da democracia e dos direitos humanos. Só ladrões e totalitários precisam dessa camuflagem ridícula (ou muleta psicológica). Quem está mesmo do lado da democracia sabe que ela não é nenhum valor absoluto e sacrossanto, apenas uma espécie de sapato largo para pés doloridos.