Clones do Olavo

Quando se escrever, um dia, a história incultural do Brasil das últimas décadas, um grosso capítulo terá de ser concedido ao anti-olavismo e, dentro dele, ao fenômeno singular dos Clones do Olavo. Com base na correta premissa nietzscheana de que só se derrota aquilo que se substitui, a confraria dos invejosos e despeitados vasculhou os últimos confins da merda em busca de algum imitão persuasivo que pudesse atrair para si uma parte do meu público e colocá-lo a serviço de agendas e ambições as mais diversas, com as mais variadas origens sociais e tonalidades ideológicas, unidas tão-somente pela ânsia do brilho fácil, alívio postiço de um justo e apropriado complexo de inferioridade.
A lista dos candidatos que se prestaram a esse papel infame é grande, mas jamais poderão ser esquecidos, nela, os nomes imortais de Rodrigo Cocô, Joel Dinheiro Bunda-Seca, Lourinel Brocha, Luciano Aymeuânus, Julio Soumzero, Caraio Rossi, Marco Antonio Vil, a Véia dos Gatos e os irmãos Vea…, ops!, Velascos.